Vivemos numa era em que o valor de alguém é medido por aquilo que consegue guardar — seguidores, conquistas, bens, diplomas, posses, aplausos. Somos ensinados a somar coisas, não significados; colecionar objetos, não obediência; empilhar conquistas, não caráter.
Mas Jesus nos provoca com um choque de realidade espiritual:
há riquezas que brilham por fora… e enferrujam por dentro.
O perigo silencioso dos “tesouros invisíveis”
Quando pensamos em tesouros terrenos, imaginamos casas, carros, dinheiro. Mas há tesouros tão sutis quanto perigosos:
– orgulho acumulado
– ego inflado
– vaidade disfarçada de espiritualidade
– reputação cuidada como se fosse um ídolo
– reconhecimento que exige sacrifícios secretos
A traça que corrói roupas também corrói sonhos. A ferrugem que destrói metais também destrói propósitos. E há ladrões que não invadem casas — eles invadem a alma.
O armazenamento mais caro do mundo
Jesus revela uma verdade desconcertante: tudo o que você protege demais é exatamente o que pode te possuir.
Acumular não é só guardar — é transferir o centro do coração.
Por isso o Mestre não diz apenas onde guardar, mas para quem guardar:
“Não acumulem para vocês… Acumulem para o céu.”
Ou seja: o problema não é ter, é viver como se isso fosse tudo.
O céu como cofre do que é eterno
O céu não é um depósito final de objetos espirituais; é o lugar onde tudo o que fazemos em Cristo ganha sentido eterno:
– a fidelidade que ninguém aplaudiu
– a generosidade que ninguém viu
– a renúncia que só Deus percebeu
– a pureza mantida na escuridão
– a obediência que custou lágrimas
– o amor derramado quando era mais fácil desistir
Essas coisas não sofrem oxidação.
Não são roubadas.
Não perdem valor.
O céu tem melhores políticas de segurança do que qualquer banco da Terra.
No fim, Jesus está perguntando outra coisa
Quando Ele fala de tesouros, Ele está, na verdade, perguntando:
“O que está te moldando?”
“O que está guiando suas escolhas?”
“O que você teme perder?”
Porque na contabilidade do Reino, tesouro não é o que você possui —
é o que te possui.
Uma vida onde nada se perde
Viver acumulando para o céu não é ser pobre de bens, mas rico de propósito.
É trocar o brilho momentâneo pela glória eterna.
É escolher investir onde a eternidade começa agora:
no caráter, na santidade, no amor, na obediência.
Jesus não está tirando algo de você.
Ele está tirando você de algo que te destrói.
Se hoje alguém abrisse o cofre do seu coração, encontraria:
Ansiedade por manter o que conquistou?
Medo de perder o que construiu?
Vaidade disfarçada de propósito?
Ou encontraria sementes de eternidade esperando para florescer?
Talvez o maior tesouro celestial não seja algo que Deus guarda para nós…
mas algo que Ele quer formar em nós.
E isso, ninguém pode roubar. Não enferruja. Não desaparece.
Porque é eterno — e começa agora.
Hoje em dia o que mais se vê é a “vaidade disfarçada de espiritualidade”
Verdade, Fernando.
E isso vai minando qualquer possibilidade de transformação.
Obrigado por sua participação.