Onde Está Você?

Há perguntas que revelam mais sobre quem as faz do que sobre quem responde.
E há perguntas que, quando Deus as faz, desmontam todas as nossas defesas.

Onde estás?

O Criador do universo não sofre lapsos de memória.
Ele não perdeu o GPS do Éden.
Ele não tropeçou na onisciência.

A pergunta não é geográfica.
É cirúrgica.

Deus não pergunta para saber.
Deus pergunta para expor.

Onde está você… quando suas folhas de figueira começam a cair?

Adão se cobriu com folhas — mas folhas secam.
Nossas versões de figueira também:
● o discurso espiritual caprichado,
● a reputação cuidadosamente polida,
● a vida aparentemente organizada no feed,
● o “tá tudo bem” automático.

A pergunta de Deus atravessa tudo isso como vento que sacode árvore:
Onde está você quando o que te cobria já não te sustenta?

Porque todos nós, mais cedo ou mais tarde, descobrimos que auto salvação sempre tem validade curta.

Onde está você… quando aquilo que você teme encontrar em Deus é justamente o que Ele veio curar?

Adão se esconde — não do pecado, mas da presença.

Ele teme ser exposto.
Mas a ironia divina é devastadora:
O único lugar onde Adão poderia ser restaurado é justamente o lugar de onde ele foge.

É assim até hoje.
Tememos que Deus descubra nossas feridas, como se Ele já não estivesse diante delas antes mesmo que nós as entendêssemos.

A pergunta “Onde estás?” não é convocação para julgamento.
É convite para reencontro.
É Deus dizendo:
“Pare de fugir de Mim… e pare de fugir de você.”

Onde está você… quando a graça decide caminhar até o seu esconderijo?

Deus vai até onde Adão se esconde.
Ele caminha em direção ao medo, não para esmagá-lo, mas para ressignificá-lo.

E talvez essa seja a perspectiva menos comum, mas mais transformadora de todas:

Deus não chama Adão para tirá-lo do esconderijo.
Deus entra no esconderijo para tirá-lo de dentro de si mesmo.

Porque o maior abismo não era o mato onde Adão se escondeu —
era o coração onde ele deixou a culpa morar.

Hoje, a caminhada divina continua.
A graça ainda pisa na nossa direção.
E a pergunta atravessa séculos, teologias e máscaras modernas para pousar exatamente aqui:

Onde está você… realmente?

Não onde você diz que está.
Não onde você parece estar.
Não onde você gostaria de estar.

Mas onde seu coração está agora — nesse exato segundo.

Talvez você esteja se escondendo atrás de um perfeccionismo que ninguém pediu.
Ou atrás de uma tristeza que você acha que Deus não entenderia.
Ou atrás de um pecado que você acha que Deus não perdoaria.
Ou atrás de um ministério que te mantém ocupado, mas espiritualmente distante.

A pergunta permanece — não como acusação, mas como reconstrução:

Onde está você?
E onde você quer estar quando Ele te encontrar?

Porque, no fundo, a boa notícia é esta:
Deus não busca para punir.
Deus busca para restaurar.

E só quem escuta a pergunta se torna capaz de ouvir, logo depois, a promessa:
“Eu ainda estou aqui.”

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