Vivemos numa era que ama o perdão, mas detesta o arrependimento.
Preferimos terapias que aliviam a culpa do que verdades que a expõem.
Mas o primeiro verbo da pregação de Jesus não foi “creiam” nem “amem” — foi “arrependam-se”.
O arrependimento é a porta pela qual toda transformação real começa.
Sem ele, o evangelho vira autoajuda e a graça se torna anestesia moral.
Jesus não veio oferecer consolo para o velho eu — Ele veio declarar guerra a ele
A palavra que o mundo desaprendeu a dizer
No grego, “metanoia” significa literalmente “mudar a mente” —
não apenas pensar diferente, mas ver diferente, amar diferente, desejar diferente.
É o terremoto interior que desloca o eixo da vida do “eu” para Deus.
Arrependimento não é sentir-se mal — é sentir de modo novo.
É deixar de chamar o mal de “erro”, o orgulho de “autoconfiança”, e o pecado de “fase”.
É o instante em que você para de justificar-se como o fariseu e começa a bater no peito como o publicano.
“Deus, tem misericórdia de mim, pecador.” (Lc 18:13)
Arrependimento é resistência
Arrepender-se, hoje, é um ato subversivo.
É resistir à cultura da performance que diz: “siga o seu coração”,
e responder: “meu coração precisa ser trocado”.
Enquanto o mundo diz “aceite-se como é”,
Jesus diz “abandone o que você se tornou”.
Porque o arrependimento não é uma lágrima — é uma revolução silenciosa,
um realinhamento de todo o ser com a santidade e o amor de Deus.
Urgência esquecida
Jesus advertiu:
“Se não se arrependerem, todos vocês também perecerão.” (Lc 13:5)
O arrependimento não é uma opção devocional, é um alerta cósmico.
É o grito de Deus interrompendo a normalidade antes do colapso finalo que Jesus espera de seus segu….
Não se trata de medo, mas de misericórdia.
Ele nos oferece o arrependimento como quem oferece uma saída de incêndio —
antes que o fogo consuma tudo.
Retorno ao centro
Quando Jesus diz “arrependam-se”,
Ele não está apenas pedindo mudança — está oferecendo novo nascimento.
Arrependimento é graça em movimento:
é o Espírito arrancando raízes velhas e plantando uma nova vida onde antes havia ruína.
E o convite ecoa até hoje, sem filtros e sem hashtags:
“Arrependam-se. O Reino está próximo.”