Moisés está diante da sarça ardente — o extraordinário rompendo o ordinário, o Eterno incendiando o pó.
E, mesmo assim, a primeira reação dele é uma pergunta que atravessa séculos e ainda ecoa dentro de cada cristão:
“Quem sou eu para ir ao Faraó e tirar os israelitas do Egito?”
Não é uma pergunta humilde.
É uma pergunta ferida.
É o grito de alguém que passou 40 anos tentando esquecer quem já foi, quem pensava ser e quem falhou em se tornar.
A dúvida de Moisés é a liturgia secreta de muita gente hoje
Não dizemos isso em voz alta, mas oramos assim:
“Senhor, quem sou eu para reconstruir meu casamento quebrado?”
“Quem sou eu para pregar para minha família incrédula se nem eu me sinto tão santo assim?”
“Quem sou eu para assumir esse ministério, essa responsabilidade, esse chamado?”
“Quem sou eu para ser resposta quando mal consigo ser pergunta?”
Achamos que estamos sendo humildes, mas muitas vezes estamos apenas defendendo nossas feridas como se fossem identidade.
Deus não responde o que Moisés perguntou — responde o que Moisés precisava ouvir
Repare: Deus não dá currículo, elogio, terapia motivacional ou manual de autoajuda celestial.
Deus não diz:
“Você é capaz, Moisés!”
“Você consegue!”
“Você é especial!”
Nada disso.
Deus simplesmente diz:
“Eu estarei com você.”
Como se Deus estivesse dizendo:
“Não te chamei porque você é suficiente.
Te chamei porque Eu sou.”
A pergunta real não é ‘Quem sou eu?
mas ‘Quem é Ele que me envia?’**
Quando Deus chama alguém, Ele não consulta o passado da pessoa — Ele consulta o Seu próprio futuro.
Deus fala a partir do que Ele fará, não a partir do que você foi.
O chamado não nasce da competência do vaso, mas do conteúdo que Ele decide colocar dentro dele.
A graça não pergunta se você merece; pergunta se você está disposto.
Moisés queria uma justificativa. Deus ofereceu uma presença.
No fundo, Moisés queria garantias; Deus ofereceu companhia.
Moisés queria controle; Deus ofereceu confiança.
Moisés queria um plano detalhado; Deus ofereceu um nome:
“EU SOU.”
Às vezes Deus não responde a insegurança que você tem, porque a insegurança não é o problema.
O problema é quem está no centro da conversa: você ou Ele?
O chamado de Deus nunca combina com a autoestima humana
Se Deus só chamasse pessoas que “se sentem prontas”,
o Reino de Deus seria administrado por um comitê de orgulhosos — não por pessoas transformadas.
Moisés não estava pronto.
Gideão não estava pronto.
Jeremias não estava pronto.
Os discípulos não estavam prontos.
E, mesmo assim, Deus insistiu neles… como insiste em você.
Porque Deus não está procurando confiança em si mesmo,
mas dependência dEle.
Quando Deus chama, Ele redefine quem você é
Se Moisés perguntasse novamente “Quem sou eu?”, talvez Deus respondesse:
“Você é quem Eu digo que você é,
e você fará o que Eu disser que fará.
Porque Eu estarei com você.”
A sarça ainda arde.
O chamado ainda ecoa.
O Faraó ainda existe.
E Deus ainda escolhe pessoas que se acham pequenas para cumprir propósitos que são gigantes.
A pergunta agora não é mais a de Moisés.
A pergunta agora é sua:
Deus te chama… e você responde com sua história ou com a dEle?
Se bateu forte aí dentro, fortaleça aqui fora.
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