Crer não é pensar positivo

É entregar o controle a quem já venceu a morte”


Vivemos em uma cultura que acredita em tudo, menos em alguém.
Acreditamos em energias, em algoritmos, em nós mesmos —
mas Jesus não disse “acreditem em algo”. Ele disse: “Creiam em mim.”

Não é uma frase religiosa. É um ultimato existencial.
Porque todo coração que não repousa em Cristo busca freneticamente outro altar —
e todo altar alternativo, mais cedo ou mais tarde, cobra o seu preço.

A fé que não cabe em slogans

A fé em Jesus não é um otimismo espiritual ou uma anestesia emocional.
É dependência radical.
É olhar para o caos e ainda assim confiar que o Criador está no meio dele.
Crer em Jesus é parar de segurar as rédeas e permitir que Ele conduza o caminho,
mesmo quando o mapa parece rasgado.

“Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim.” (João 14:1)

Jesus não pede que sintamos algo, mas que coloquemos o peso da vida inteira sobre Ele.
Crer é confiar o suficiente para parar de lutar com o bombeiro que tenta te resgatar

A fé além dos fatos

Tomé queria provas. E Jesus mostrou as mãos perfuradas —
mas não o repreendeu por querer ver; apenas o convidou a crer.
Crer não é negar a dúvida — é atravessá-la e encontrar um rosto do outro lado

Fé não é salto no escuro — é pisar onde já há pegadas de Cristo.
Não é irracionalidade; é confiança depois do entendimento.
É uma rendição consciente, uma decisão lúcida de depender de um Deus que venceu o impossível.

Crer é beber

Jesus disse:

“Quem crê em mim nunca terá sede.” (João 6:35)

Crer é mais do que saber — é saciar-se.
Não é admirar de longe um poço de água viva,
é descer e beber até que a sede ceda e a alma volte a respirar.

A fé não é apenas confiança — é satisfação.
É dizer: “Cristo me basta” — e descobrir que isso é verdade mesmo quando tudo o mais falta.

Fé como entrega, não performance

O mundo diz: “Acredite em você.”
Jesus diz: “Creia em mim.”
O primeiro discurso alimenta o ego; o segundo crucifica o ego para libertar o coração.

Crer é render-se à realidade de que não somos nossos próprios salvadores.
É permitir que Deus faça o impossível — não para que tenhamos controle,
mas para que tenhamos paz.

E quando essa fé amadurece, ela deixa de ser esforço e vira respiração.
A alma, enfim, descansa.
E o eco da promessa ainda vibra:

“Creiam em mim.”

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