Jesus não pergunta isso quando o mar está calmo.
Ele pergunta no meio da tempestade.
E esse detalhe muda tudo.
A pergunta “Onde está a sua fé?” não é um teste teórico, nem uma prova de catecismo. Não é sobre quanto você crê, nem em que você crê — mas onde sua fé foi colocada quando o vento começou a gritar mais alto que as promessas.
A fé que grita… e a fé que dorme
Os discípulos tinham fé suficiente para acordar Jesus.
Mas não fé suficiente para descansar enquanto Ele dormia.
Isso revela algo incômodo:
é possível crer em Jesus sem confiar plenamente nele.
Eles criam que Ele podia salvá-los,
mas não criam que Ele já estava no controle.
A fé deles entrou em pânico porque estava ancorada no resultado, não na presença.
O silêncio de Deus também é teologia
Jesus dorme no barco.
E o silêncio dele é mais provocativo do que qualquer sermão.
Porque o silêncio de Deus não é ausência —
é pedagogia.
Há momentos em que Deus não intervém imediatamente para acalmar o mar, porque o que Ele quer tratar não está nas ondas, mas no coração.
A tempestade expõe onde colocamos nossa segurança:
- no controle,
- na previsibilidade,
- na estabilidade,
- ou em Cristo.
A pergunta não é “por que a tempestade?”, mas “onde está a fé?”
Jesus não repreende o vento primeiro.
Ele confronta os discípulos.
A ordem é clara:
a tempestade externa é menos perigosa do que o colapso interno.
Quando a fé está no lugar errado, qualquer onda parece fatal.
Quando a fé está em Cristo, até o caos tem limite.
Fé não é ausência de medo — é realocação de confiança
Os discípulos tinham medo porque interpretaram a tempestade como sinal de abandono.
Jesus interpreta o mesmo cenário como ambiente de revelação.
A pergunta ecoa até hoje:
- Onde está sua fé quando a resposta não vem?
- Onde está sua fé quando o diagnóstico chega?
- Onde está sua fé quando o futuro fica opaco?
- Onde está sua fé quando Deus parece dormir?
Talvez o problema não seja a intensidade da tempestade,
mas o endereço da nossa fé.
A fé que amadurece no mar revolto
A fé infantil diz:
“Se Jesus está comigo, nada ruim vai acontecer.”
A fé madura aprende a dizer:
“Mesmo que coisas ruins aconteçam, Jesus continua comigo.”
E isso muda tudo.
Porque a verdadeira fé não exige mares calmos —
ela descansa na soberania daquele que anda sobre as águas.
Se Jesus está no seu barco, talvez a pergunta não seja se você vai sobreviver à tempestade,
mas quem você está se tornando enquanto atravessa o mar.
Onde está, de fato, a sua fé?
Se bateu forte aí dentro, fortaleça aqui fora.
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