“Quando Jesus diz ‘Venham a mim’, Ele não está falando de religião — está falando de rendição”
Vivemos cercados de convites: venha consumir, venha se expressar, venha ser você mesmo.
Mas há um convite que desarma todos os outros: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso.”
O chamado de Jesus não é uma fuga espiritual.
É o colapso da autossuficiência.
É o fim do mito de que dá pra viver com a alma em ruínas e o semblante em paz.
O cansaço que não se resolve com férias
O século XXI é o mais exausto da história.
Temos apps para organizar o caos, mas o caos é interno.
Dormimos oito horas e acordamos cansados.
Nos distraímos o dia inteiro, mas a mente nunca se cala.
E Jesus, com uma simplicidade desconcertante, diz:
“Venham a mim.”
Ele não oferece uma técnica, mas Ele mesmo.
O descanso que Ele promete não é ausência de trabalho,
mas presença dEle.
Não é desligar do mundo, é reconectar-se à fonte.
O escândalo da dependência
Vir a Jesus é o gesto mais contracultural da modernidade.
Porque exige admitir que eu não basto pra mim.
Que a minha força, meu autocontrole e minhas convicções não sustentam o peso da vida.
“Vocês não querem vir a mim para terem vida.” (João 5:40)
O problema nunca foi o peso — foi a distância de quem sustenta o peso.
Queremos a paz de Cristo sem o senhorio de Cristo,
a leveza do jugo sem o jugo.
Mas Ele diz:
“Meu jugo é suave, e meu fardo é leve.”
Suave, sim — mas ainda é jugo.
Não para prender, mas para alinhar.
Não para limitar, mas para libertar.
O convite que inverte o centro
Quando Jesus diz “venham a mim”, Ele não está fundando uma religião.
Ele está reivindicando o centro da nossa vida.
Ele não nos chama para o conforto, mas para o confronto:
com nossa pressa, nossa independência, nossa teologia da produtividade.
Vir a Cristo é desaprender o ritmo do mundo e reaprender o compasso da eternidade.
É trocar o “faça mais” pelo “permaneça em mim”.
É abandonar a ilusão de controle e redescobrir o descanso de ser guiado.
O descanso que não cabe no cronograma
O convite ainda está aberto — não aos fortes, mas aos cansados.
Não aos que venceram, mas aos que não aguentam mais vencer.
Não aos que planejam, mas aos que pararam de fingir.
Jesus não diz “organizem-se e venham”.
Ele diz: “Venham… do jeito que estão.”
E quem aceita esse convite descobre o que nenhum coach pode oferecer:
um descanso que não depende do desempenho,
uma leveza que nasce da entrega,
e uma paz que não é ausência de peso — é presença de amor.