Quando Deus nos Convida a Ir Além do Óbvio
“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.” – Mateus 7:7-8
O Convite que Desafia Nossa Preguiça Espiritual
Você já percebeu que Jesus não disse apenas “peça”? Ele criou uma escalada intencional que revela algo profundo sobre como Deus trabalha em nossas vidas. Não é coincidência que Ele escolheu três verbos que crescem em intensidade: pedir, buscar, bater.
Pedir é o que fazemos quando ainda estamos na nossa zona de conforto. É a oração rápida, quase automática, que brota dos nossos lábios sem muito esforço. “Deus, me ajuda com isso.” Simples. Passivo. Seguro.
Mas Jesus não parou por aí.
A Jornada que Transforma Pedintes em Buscadores
Buscar já exige movimento. Exige que saiamos do lugar onde estamos. Quantas vezes você disse “estou buscando a vontade de Deus” mas na verdade estava apenas esperando que ela caísse do céu? Buscar significa revirar as Escrituras, jejuar quando não temos respostas, questionar nossos próprios motivos, conversar com mentores sábios.
Buscar é quando começamos a perceber que Deus não é um garçom celestial esperando nossa lista de pedidos, mas um Pai que quer nos ver crescer através do próprio processo de busca.
A Coragem de Bater na Porta que Pode Mudar Tudo
E então vem bater. Aqui está a ação mais audaciosa. Bater implica persistência, implica que você chegou até uma porta específica e não vai desistir. Bater às vezes incomoda. Às vezes parece inconveniente. Às vezes nos faz parecer insistentes demais.
Mas Jesus disse: “a quem bate, abrir-se-lhe-á.”
Pense na viúva importuna de Lucas 18. Ela não apenas pediu justiça uma vez. Ela não apenas buscou o juiz ocasionalmente. Ela bateu na porta da justiça até que foi atendida. E Jesus usou essa história para nos ensinar sobre oração.
A Matemática Divina que Desafia Nossa Lógica
Aqui está o que mais me impacta nesta passagem: todo o que pede recebe, todo o que busca encontra, todo o que bate tem a porta aberta. Não alguns. Não os merecedores. Não os que têm fé suficiente. Todos.
Isso significa que o problema não está na disposição de Deus em responder. O problema está na nossa disposição em escalar essa montanha de intimidade com Ele.
Quantos de nós ficamos frustrados porque “Deus não respondeu nossa oração”, quando na verdade paramos no primeiro degrau? Pedimos uma vez, não vimos a resposta do jeito que esperávamos, e concluímos que Deus não se importa.
O Que Acontece em Cada Degrau desta Escada
- No PEDIR: Você reconhece sua necessidade
- No BUSCAR: Você desenvolve relacionamento
- No BATER: Você demonstra convicção
Cada nível não é apenas sobre conseguir o que queremos. É sobre nos tornarmos quem precisamos ser. A pessoa que você se torna buscando é diferente da pessoa que apenas pede. A pessoa que bate persistentemente desenvolveu uma fé que a pessoa que só busca ainda não conhece.
A Pergunta que Não Quer Calar
Então, aqui uma pergunta provocativa para você hoje: Em que degrau você tem vivido sua vida de oração?
Você tem sido apenas um “pedinte espiritual” – alguém que faz suas solicitações rápidas a Deus e segue com a vida? Ou você tem sido um “buscador” – alguém que investe tempo real procurando conhecer o coração de Deus? Ou talvez você já chegou ao nível de “bater” – essa persistência audaciosa que não aceita um “não” como resposta final?
O Convite que Muda Tudo
Jesus não está apenas nos dando uma fórmula de oração. Ele está nos convidando para uma aventura de fé que vai muito além de nossas listas de pedidos. Ele está dizendo: “Vocês querem ver como o Reino funciona de verdade? Então subam todos os degraus.”
Talvez seja hora de parar de reclamar que Deus não responde nossas orações e começar a nos perguntar: “Será que eu realmente escalei todos os degraus que Jesus colocou diante de mim?”
A promessa está lá. Garantida. Selada pela palavra do próprio Jesus.
Todo o que pede, recebe.
Todo o que busca, encontra.
Todo o que bate, tem a porta aberta.
A pergunta não é se Deus vai cumprir Sua parte. A pergunta é: você está disposto a cumprir a sua?